sábado, 5 de dezembro de 2009

Transcendental

Sou tantas em tantas épocas
Que nem me reconheço sendo,
Que nem dou conta da mudança.
As transformações vão ocorrendo
E quando vejo, já não sou mais
O que pensava que era
[se é que eu já fui algo].

Os pensamentos vão continuando
Num fluxo constante e fleumático.
Vou me metamorfoseando em várias
Dentro de um único ser.

É, eu não caibo em mim.



P.S: Fiz meio que por acaso essa poesia. Mas, será que o acaso existe?

5/12/2009
Mayra Lima

2 comentários:

  1. um pouco de clarice lispector(fluxos) e adrianha calcanhoto (esquadros). =)


    pessoa#

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  2. tem muito de você Mayra neste poema.são fases que vamos passando no dia a dia que é normal,hoje você já está em uma fase adulta,mais sempre se transformando.salve a metamorfose...mais a última frase soa Arnaldo Antunes."eu não caibo mais nas roupas que eu cabia".beijão may.

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