segunda-feira, 26 de julho de 2010

[País dos Espelhos]

São tantos e tantos porquês e perguntas, que as vezes até esqueço o que eu queria saber no princípio...
Porém, às vezes perder-se é necessário. Porque geralmente durante a procura você percebe o que realmente importa (e eu sempre bato nesta tecla): família, amigos, simplicidade, espontaneidade, brisa e paz (não necessariamente nesse ordem).

Não tenho tudo o que quero no momento (e quem tem?...mas, acho que no fundo essa é uma das graças de se viver...ter tudo o que se quer faria com que não procurassemos algo melhor, quem sabe isso não nos farias extáticos e consequentemente chatos), em contraposição há uma constante mudança de meus "quereres".
Como diria, a Lagarta à Alice (in Wonderland): quem és tu?...

E eu respondo, meio que insegura:
Bem, talvez eu não lhe saberia dizer exatamente quem sou. Ou antes, eu não gostaria de dizer-te abertamente. Talvez quem sabe por metáforas? Enfim, Sr. Lagarta, sou tantas em uma que geralmente me pego olhando-me no espelho e vendo uma desconhecida a também olhar para mim. Há muitas coisas em comum, entre mim e ela, mas não sei, há algo que me é desconhecido, e quando me apercebo estou tocando em meus olhos, bem como em todo o restante da minha face, e para a minha surpresa ela imita o gesto na mesma velocidade que minhas mãos...
Ficamos assim durante algum tempo, tentando reconhecer-mos uma à outra.
Será que eu mudei tanto desde hoje de manhã, como a minha amiga Alice disse ao Sr. certa vez quando esteve por aqui?
Talvez...mas, talvez eu apenas seja aquela mesma de antes, que pensa que a mudança liberta, suaviza, revigora, e que por isso mesmo diz que muda constantemente, mesmo isso não sendo a total verdade, já que alguma centelha de essência continua mesmo durante as mais drásticas mudanças.

Não, Sr. Lagarta, isso não é um devaneio, ou um sonho qualquer.
Aquela menina que avisto no espelho, quando eu me desconheço, várias vezes me disse:

- És mais do que estes olhos que te veem, ou esta boca que vos fala. És mais, bem mais do que este amontoado de carne, veias, sangue, músculos, orgãos...és mais, bem mais do que pensas que pensarias que és. Na verdade aí vai mais um segredo: todos são mais do que pensam do que pensariam que são. Mas, essa idéia é por demasiado inconcebível para a maioria das pessoas.

Agora penso...não terá sido esse monólogo comigo mesma um sonho?
Mas, na realidade não seria tudo um sonho dentro de outro sonho?

Diálogos e monólogos "nonsenses" a parte, eu sei de pouquíssimas certezas nesta vida (grifo bem o nesta vida por ser esta apenas uma de tantas e várias que tive e que ainda terei), se é que eu realmente sei de alguma coisa ^^"

Contudo, tudo o que eu sei, ou o que eu acho que sei do que eu saberia, está contido aqui nas entrelinhas desses textos.

Livro recomendado: Alice no País dos Espelhos.
Filme recomendado: A menina no País das Maravilhas.

P.S.: Monólogos no País dos Espelhos não terminam por aqui ;D

domingo, 11 de julho de 2010

No dia de hoje...

No dia de hoje...
Eu só quero paz

E viver cada pequeno pedaço de cada pequeno momento

como se precisasse recuperar algo perdido há tempos atrás.



No dia de hoje...

Quero lembrar-me das lágrimas, dos pedidos, das orações

E ter a certeza de que tudo foi real

De que realmente a mudança chegou aqui .


No dia de hoje...
Espero que o arco-íris que se formou no horizonte essa manhã
surja sempre durante um difícil dia.



No dia de hoje... 
Com esses votos e promessas feitas a mim mesma
Tentarei ir me levando conforme o fluxo natural das coisas...





Porque o importante na verdade é e sempre será: o dia de hoje.


11/07/10
Mayra Lima


Foto por Mayra Lima tb ;D

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Algo sobre a morte...

Então, este assunto é tratado por grande parte das pessoas como sendo "funesto" ou "obscuro"...

Desde há algum tempo venho formulado conceitos sobre esse tema tão “desconhecido”.
Para mim, como para muitos, a morte é como uma viagem, no qual o preço que você tem a pagar para embarcar nela é a sua própria vida...
Dependendo de quanto valha essa vida (estou falando dos valores espirituais que você conquistou, ao longo do seu tempo aqui na Terra), você poderá embarcar de primeira classe ou então terá que se contentar com a classe econômica, nesse voo, que para a maioria das pessoas torna-se assustador.
Enfim, não importa como ou quando você irá viajar, o que importa (e o que nos une, de alguma maneira) é o fato de que desde que nascemos começamos a fazer as malas para essa viagem.
Para uns o lugar de destino é desconhecido, para outros os locais de aterrissagem podem ser apenas dois: o céu ou o inferno, ou ainda antes de aterissarem pegam escala para o purgatório aonde aos almas esperarão até o dia do juízo final, quando o Messias descerá à Terra e condenará os maus, levando com ele os bonzinhos, para o reino dos céus. Ah, e nessa breve (mas, nem tãão breve) escala, mesmo se você for um filho da mãe, que mate, pratique pedofilia, roube ou minta adoidado, se você pedir com muita fé para ser perdoado alguém lá em cima ouvirá suas preces e você também poderá ir para o céu.

Bem, analogias à parte, eu não espero mesmo que vocês acreditem nessa historinha relativamente bem elaborada.
Sabe, algo me diz que todos nós fazemos parte de algo tão maior, tão mais bonito e importante, que nem a ociosidade do céu, e nem o fogo eterno do inferno apagarão isso. E algo me diz que você também sabe disso.

Meu querido, a morte nada mais é do que uma mudança necessária. A lagarta também morre nessa vida para transformar-se numa borboleta (:

Talvez seja por isso que dizem que quando alguém morre aparece uma borboleta...



P.S.: Esse post é em homenagem a um amigo, que é bem mais do que uma estatística e que tira um pouco de sarro da morte, às vezes.
Related Posts with Thumbnails